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Em SP, a cada 5 veículos roubados ou furtados, 2 são recuperados

Em 2013, 99 mil carros foram roubados ou furtados; 39 mil foram achados. São Mateus lidera lista; Jardim Miriam é onde mais carros são recuperados.

A cada cinco veículos roubados ou furtados na capital paulista, dois (40%) são recuperados. É o que mostram as estatísticas de 2013 da Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo.
No ano passado, 99.206 veículos foram roubados ou furtados na cidade, o maior índice desde 2005. Em relação a 2012, houve um aumento de 14%. Em contrapartida, 39.692 carros foram encontrados pela polícia em 2013.
Um levantamento feito pelo G1 revela que o 49° Distrito Policial (DP), em São Mateus, na Zona Leste, encabeça o ranking de roubos e furtos de carros entre os 93 DPs paulistanos, com 2.907 registros no ano passado. Já o 98° DP, no Jardim Miriam, Zona Sul da capital, teve o maior número de carros recuperados no ano passado: 2.353. São Mateus aparece logo atrás, com 2.324. Para fazer o mapeamento, a secretaria considera a delegacia em que o boletim de ocorrência (BO) foi registrado.

Ocorrências
A média de crimes desse tipo na capital foi de 11 por hora em 2013. Na quarta-feira (29), no 49° DP, o G1 presenciou, em menos de 60 minutos, o registro de BO por roubo de dois carros. Um adolescente de 14 anos foi detido. Um empilhador e um cineasta, que preferiram não se identificar, foram ao local para aguardar a liberação de seus veículos.
No caso do empilhador, o crime ocorreu na madrugada do dia 26. O homem chegava de uma festa com dois amigos e tinha acabado de estacionar o carro (um Corsa prata) na frente da casa de um vizinho, quando viu um automóvel parar do seu lado.
"Eu não me lembro de muita coisa. Só pediram para eu descer", contou a vítima.

Morador de São Mateus, o empilhador disse não se surpreender com os roubos, mas sim com a audácia dos criminosos. "Eles estão cada vez mais abusados."

O carro dele foi encontrado com alguns arranhões, sem rodas e sem o som. O veículo foi usado em um assalto na região da Vila Formosa, na Zona Leste, na manhã de quarta-feira (29), segundo a Polícia Militar.
Já o cineasta voltava para casa em um Polo, por volta das 5h da quarta-feira passada, quando foi abordado em um semáforo. "Desceram três pessoas, mas foi relativamente tranquilo. Um deles tinha uma arma prateada, como se fosse um 38. Não teve gritaria, nada. Só me perguntaram se [o carro] tinha segredo", revelou.


'Roubo aqui é um atrás do outro'

O comerciante Adriano Moura da Silva, de 31 anos, disse ter sido assaltado duas vezes nos últimos dois meses, e reclama da violência no bairro. "Na conversa com os clientes [de sua pizzaria], a gente escuta que roubo aqui é um atrás do outro. Não tem conversa. Vacilou, ficou sem: sem carro, sem rádio, sem celular, sem vida. Sem alguma coisa você vai ficar", afirmou.
Pouco antes do Natal, Adriano tinha acabado de fechar seu restaurante quando saiu com sua EcoSport e foi abordado por dois homens, um deles armado, na Avenida Mateo Bei, uma das principais de São Mateus.
"A uns 30 metros de distância, ele [o criminoso] me fez um sinal com uma mão. Pensei que era algum conhecido. Quando olhei direito, vi a arma. Saí do carro e corri. Quando passei no posto da polícia, a primeira coisa que me perguntaram era se o carro tinha seguro. Nem perguntaram se eu estava bem."

O veículo foi encontrado pela polícia cerca de seis horas depois. Além de ter ficado sem a carteira, o celular e as chaves de casa e da pizzaria, ele ainda precisou levar o carro para a oficina.
"Gastei uns R$ 4,5 mil. Tive que trocar o motor e a embreagem. Não sei o que fizeram com meu carro."
O comerciante José Menezes, de 60 anos, que é cliente de Adriano, também já teve o veículo da empresa onde trabalha furtado duas vezes enquanto estava na pizzaria do amigo. Nenhum dos carros tinha dispositivo de segurança. "Quando levaram a Fiorino, eu ainda vi o molequinho. Já quando foi o Gol, não vi nada. A gente encontrou [o automóvel] depois sem bateria", contou.


Bairro limítrofe
O professor de tecnologia mecânica e presidente da Coordenadoria Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg) de São Mateus, José Moreno Ramirez, acredita que a região não é a mais problemática da capital, apesar da estatística.
"Fazemos divisa com cidades como Santo André [no ABC paulista] e Mauá [na Grande São Paulo]. Muitos carros encontrados em São Mateus foram roubados em Santo André, por exemplo. Por isso, os índices crescem. Ouço muitos relatos de policiais dizendo que o criminoso rouba um carro para voltar para casa. Depois, esse veículo é encontrado sem o aparelho de som ou o estepe. O problema da criminalidade não é só de São Mateus. É da nossa pátria", disse Ramirez.

Entre as soluções apontadas pelo presidente da Conseg para diminuir a violência na cidade, está um aumento no salário de policiais civis e militares.

Combate a roubos e furtos
Em nota, a SSP afirmou que adota medidas para combater os roubos e furtos de veículos na capital, como a Lei dos Desmanches, que endurece as exigências para venda de peças usadas, e o leilão de veículos apreendidos para liberar os pátios paulistanos.
"Desde setembro, as polícias da capital também contam com o Ragisp (Relatório Analítico Gerencial de Inteligência de Segurança Pública), um 'mapa do crime' que aponta os principais pontos de incidência de ocorrências", informou a secretaria.
"Além disso, foi implantada neste mês a bonificação de até R$ 8 mil por ano para os policiais militares, civis e técnico-científicos que contribuírem para a redução dos índices de criminalidade, entre eles o roubo e o furto de veículos", disse a nota.


Fonte: g1.globo.com

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